Como o discurso encontra-se na
exterioridade, no seio da vida social, o analista/estudioso necessita romper as
estruturas linguísticas para chegar a ele. É preciso sair do especificamente
linguístico, dirigir-se a outros espaços, para procurar descobrir, descortinar,
o que está entre a língua e a fala (FERNANDES, 2005).
Para a Análise do Discurso, o
discurso é uma prática, uma ação do sujeito sobre o mundo. Por isso, sua
aparição deve ser contextualizada como um acontecimento, pois funda uma
interpretação e constrói uma vontade de verdade. Quando pronunciamos um discurso
agimos sobre o mundo, marcamos uma posição - ora selecionando sentidos, ora
excluindo-os no processo interlocutório.