sábado, 19 de maio de 2012

Análise de Discurso e Esquizofrenia


 Ao estudarmos as linguagens, as manifestações individuais e de grupo, tanto orais quanto escritas, têm-se a necessidade de análises mais profundas, levando-se em consideração os vários tipos de discursos, as suas condições de produção etc., originando assim a Análise do Discurso (AD).

As duas linhas de AD mais famosas são a francesa e a anglo-saxã. O que diferencia a AD de Origem francesa da anglo-saxã, ou comumente chamada de americana, é que esta última considera a intenção dos sujeitos numa interação verbal como um dos pilares que a sustenta, enquanto a AD francesa não considera como determinante essa intenção do sujeito; considera que esses sujeitos são condicionados por uma determinada ideologia que predetermina o que poderão ou não dizer em determinadas conjunturas histórico-sociais.


quarta-feira, 16 de maio de 2012

Cientistas identificam genes da esquizofrenia

Cientistas anunciaram na última terça-feira (15/05) ter identificado os genes mais atuantes na esquizofrenia, uma descoberta revolucionária que, afirmam, vai melhorar o diagnóstico e o tratamento desta doença mental debilitante.

Em um estudo que envolveu informação genética de milhares de pacientes com esquizofrenia, bem como de um grupo de controle saudável, os cientistas disseram ter identificado centenas de genes capazes de apontar quem corre mais riscos de desenvolver a doença.

 Quebramos o código genético da esquizofrenia, identificando muitos dos genes envolvidos e como eles funcionam juntos para provocar a doença, declarou à AFP o autor do estudo, Alexander Niculescu, da Escola de Medicina da Universidade de Indiana, em Indianápolis.

 – Entendendo melhor a base genética e biológica da doença, podemos desenvolver testes e tratamentos melhores, acrescentou.

Tais testes poderiam ser usados para determinar se crianças em famílias com caso de esquizofrenia correriam riscos de desenvolver a doença, explicou Niculescu.

 –  Se forem determinados como em risco elevado, então seriam acompanhados mais de perto pelos médicos, aconselhados a evitar estresse, álcool e drogas, tratados com terapia, suplementos nutricionais (como cápsulas de óleo de peixe com Õmega-3) e inclusive com ingestão precoce de medicamentos anti-psicotrópicos para evitar o desenvolvimento completo da doença, acrescentou.

As descobertas foram publicadas no periódico Molecular Psychiatry, da revista científica Nature.


Pacientes com esquizofrenia costumam ouvir vozes que não são reais, tendem à paranoia e a sofrer de discurso e pensamento desordenados. Acredita-se que a doença afete uma em cada 100 pessoas.

Niculescu explicou que após identificar os genes relacionados com a esquizofrenia, a equipe de pesquisas testou suas descobertas em outros pacientes fora do grupo de estudos "para mostrar que os resultados seriam reproduzíveis e têm habilidade previsível".

Estudos genéticos sobre psiquiatria costumam gerar uma excitação inicial, afirmou, "mas depois não são reproduzidos em populações independentes, que são a prova mais importante de que uma descoberta é sólida e real".

A equipe também usou dados cerebrais de camundongos que tomaram medicamentos que imitavam a esquizofrenia.

 – Alguns genes e mecanismos biológicos que identificamos podem ser usados para o desenvolvimento de um novo remédio", disse Niculescu.


Eles também podem ser usados para redirecionar drogas normalmente usadas para tratar outros distúrbios.

Niculescu reforçou que "genes não são destino".

 – O ambiente também desempenha um papel. Os genes que identificamos atuam na conectividade cerebral, portanto podem ocasionar mais criatividade em alguns indivíduos ou doença clínica em outros, dependendo se há um excesso destas mutações genéticas na combinação errada e um ambiente estressante, acrescentou.




sábado, 12 de maio de 2012

Entendendo melhor a esquizofrenia: psiquiatra Rodrigo Bressan

O psiquiatra Rodrigo Bressan possui graduação em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (1991). Fez residência em psiquiatria (1996), mestrado (1998) e doutorado na Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP. Fez um PhD no Institute of Psychiatry, King's College London - University of London (2003). Atualmente é professor adjunto da Escola Paulista de Medicina, UNIFESP, honorary visiting professor no Institute of Psychiatry King's College London, membro do conselho consultivo da Associacao Brasileira de Familiares Amigos e Portadores de Esquizofrenia (ABRE) e editor da Revista Brasileira de Psiquiatria. Coordena o LiNC - Laboratório Interdisciplinar de Neurociências Clínicas e o Programa de Esquizofrenia (Proesq), ambos da UNIFESP. Tem experiência em pesquisa de transtornos neuropsiquiátricos em especial a esquizofrenia, transtorno bipolar e depressão. É especialista e pioneiro no Brasil em neuroimagem molecular e realiza pesquisas translacionais multimodais envolvendo genética, neuropsicologia, neuroimagem estrutural e modelos animais sobre o neurodesenvolvimento dos transtornos psiquiátricos.


É um dos autores do livro “Entre a razão e a ilusão – desmitificando a loucura”,  um livro educativo sobre esquizofrenia, uma doença que atinge mais de dois milhões de brasileiros, mas ainda pouco conhecida e alvo de grande preconceito. Mais do que apenas descrever os sintomas, o livro traz a vivência do portador da doença e também de seus familiares diante de uma nova situação que enfrentam repentinamente. Com detalhes, Cândido Assis, Cecília e Bressan descrevem o início do processo de distorção da realidade de um jovem, até o seu isolamento do mundo que vivemos. A idéia é ensinar as pessoas a conviver com as dificuldades, buscar tratamento e ajudar a melhorar a evolução da esquizofrenia.

O livro, que tem apresentações do cantor e compositor Tom Zé e do médico Dráuzio Varella, é uma publicação da editora Segmento Farma Editores, com o patrocínio do laboratório anglo-sueco AstraZeneca, e está disponível nas livrarias de todo o Brasil.
                                                  
Os autores pretendem ajudar portadores e seus familiares a lidar com a doença, além de diminuir o estigma.

Segue abaixo um link de uma entrevista concedida por Rodrigo Bressan, ao Jô Soares, em 08/05/2012, na qual ele fala um pouco sobre o livro, sobre a esquizofrenia, seus sintomas, diagnóstico, tratamentos etc.




O psiquiatra também concedeu uma entrevista muito interessante ao médico Dráuzio Varella, no site drauziovarella.com.br, na "Estação Saúde", na qual ele fala um pouco sobre esquizofrenia, cujo link segue abaixo:




Para conhecer um pouco mais sobre a carreira e projetos de pesquisa do psiquiatra, segue o link de seu Currículo Lattes:




domingo, 6 de maio de 2012

Vygotsky: pensamento, linguagem e esquizofrenia


As funções psicológicas superiores (FPS), tais como a atenção, memória, imaginação, pensamento e linguagem são organizadas em sistemas funcionais, cuja finalidade é organizar adequadamente a vida mental de um indivíduo em seu meio.

É sobre essas questões, que Vygotsky disserta em seus trabalhos, que serão expostos nesse post.

Lev Semenovich Vygotsky (1896-1934) fez seus estudos na Universidade de Moscou/Rússia, para tornar-se professor de literatura. O objetivo de suas pesquisas iniciais foi a criação artística e foi só a partir de 1924 que sua carreira mudou drasticamente, passando a dedicar-se à psicologia evolutiva, educação e psicopatologia. A partir daí ele concentrou-se nessas áreas e produziu obras em ritmo intenso até sua morte prematura em 1934, devido à tuberculose.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Psiquiatria e instituições de saúde mental


Psiquiatria e políticas públicas em saúde mental:

Psiquiatria é o ramo da medicina que trata dos transtornos mentais. A prevalência anual dos transtornos mentais na população maior de 18 anos foi estimada em 18,5% no Brasil, em consonância com resultados da literatura internacional.

Quanto ao impacto dos transtornos mentais sobre a saúde da população, o estudo Carga Global de Doença avaliou que o conjunto das afecções mentais e neurológicas responde por 43% de toda a incapacitação gerada pelo conjunto das doenças e agravos à saúde nas Américas. Do ponto de vista da saúde coletiva, a perda de anos de vida saudáveis por morte precoce ou incapacitação provocada pela depressão é maior que aquelas por doenças isquêmicas cardíacas ou cerebrovasculares.
O fato de o diagnóstico em psiquiatria apresentar contrastes em relação ao diagnóstico no ambiente geral da medicina não faz dele algo arbitrário e incomunicável. Pelo contrário, tendo em mente essas singularidades, o clínico pode e deve investigar o patrimônio mental de seu paciente, tendo meios para a realização de bom diagnóstico psiquiátrico. A importância da abordagem psiquiátrica, realizada pelo clínico geral, sustenta-se por relevantes dados epidemiológicos.

Quem sou eu

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Insanamente louca por tudo que envolve a relação linguagem-cérebro-mente.... Apaixonada esposa de Rafael, estudante do último ano de Medicina e futuro Médico da Família.. Residente em Cuiabá-MT, desde 2007, onde conclui minha graduação em Letras/Inglês, na UFMT, em 2011.. Orgulhosa filha de Marineide Dan Ribeiro, mais conhecida como Márcia ou Grega.. Futura mestranda da UNICAMP/Campinas-SP...

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